A maioria dos climatologistas admite que os gases de efeito estufa, a exemplo do gás carbono (CO2), metano (CH4), clorofluorcarboneto (CFC) e Ozônio (O3) estão causando o aquecimento global. As emissões de CO² cresceram muito nos últimos quarenta anos, principalmente devido a expansão da industrialização que exigiu uma grande demanda de combustíveis derivados do petróleo. Concomitantemente houve aumento de queimadas,destruição de gigantescas áreas florestais e crescimento do rebanho bovino mundial que hoje deve superar 1,2 bilhões de cabeças. Eles liberam metano na atmosfera, um gás com potencial de efeito estufa cerca de 20 vezes superior ao do gás carbônico. Esse gás é produzido a partir da atividade de fermentação de açúcares no sistema digestório poligástrico dos ruminantes, sendo liberado por arrotos e flatulências.
De acordo com o Painel Intergovernamental para Mudanças
Climáticas (IPCC), entidade criada em 1988 por iniciativa da ONU e da OMM (Organização
Meteorológica Mundial) com o intuito de monitorar as condições e as variações
do clima global e propor medidas no sentido de evitar consequências desastrosas
para a espécie humana, a temperatura do planeta subiu 0,6 graus no século XX. Mesmo
assim, alguns climatologistas questionam a validade dos dados alegando que não
foram apresentados modelos acadêmicos com critérios definidos para obtenção das
médias térmicas, de modo que pudessem ser repetidos para se averiguar a
veracidade das informações e o valor científico do trabalho.
No vulcão Mauna Loa no Havaí há um instrumento que foi
instalado para monitorar a concentração média de CO² na atmosfera. O local é
apropriado porque está longe dos grandes centros urbanos, que certamente
apresentam médias elevadas por conta dos acréscimos decorrentes da própria
atividade respiratória do contingente populacional e de outras atividades
antrópicas geradoras de emissões de monóxido e dióxido de carbono. Muitos climatologistas
dizem que os sinais do aquecimento global podem ser evidenciados no degelo dos
Andes, na Terra do fogo, na Groelândia e no Alaska; nas ocorrências de furacões
em áreas anteriormente inócuas; nos verões muito quentes que passaram a ocorrer
no hemisfério norte e nas estiagens prolongadas que amiúde estão ocorrendo nas
regiões úmidas.
Quase dez anos depois,em 1997,na Conferência da Convenção
do Clima realizada em Kyoto no Japão sobre os denominados gases de efeito
estufa foi assinado o acordo conhecido como Protocolo de Kyoto que só passou efetivamente
a entrar em vigor a partir do ano de 2005. No Protocolo foi documentado um
compromisso internacional de se reduzir gradativamente as emissões desses gases
na atmosfera. Como pressuposto ético, implícito no Protocolo, está o princípio
da responsabilidade de todos quando se trata da defesa dos bens meta individuais
ofertados pela natureza. Os EUA, considerado o maior poluidor mundial, não assinaram
o acordo, sob alegação de que a redução de emissões iria comprometer o padrão
de vida do cidadão americano.
Por outro lado, o Quadro das Nações Unidas para Mudanças
Climáticas evidencia que alterações na atividade solar, independentemente das
atividades antrópicas estão interferindo nas mudanças climáticas. Na visão do
professor Giorgio Giocáglia, cientista italiano que vive no Brasil, existe
probabilidade do globo estar caminhando para uma nova idade glacial devido à
mudança na tal atividade solar.
Alguns pesquisadores chamam
também atenção sobre a retomada de atividades vulcânicas que por lançarem uma
grande quantidade de partículas em suspensão na atmosfera podem neutralizar o
efeito estufa e determinarem um abaixamento de temperatura em certas regiões do
Globo. Eles acreditam na hipótese da ocorrência de uma gigantesca oscilação
climática com manifestações em diversas regiões da Terra.
MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ
COLUNA TERRA SUSTENTÁVEL
http://www.dmdigital.com.br/
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