Por estimativas feitas pelo climatologista Richard Linzen
do Instituto de Tecnologia de Massachusetts ( MIT ), a cada 1 grau de
aquecimento global causado pela emissão de CO2 o vapor de água
poderia contribuir com o acréscimo de 0,7ºC. Estudos feitos pela equipe da cientista Suzan Solomon, da
Noaa ( Agência do Governo do EUA, que estuda os oceanos e a atmosfera)
demonstram, através de dados obtidos por satélites e por balões meteorológicos,
que a quantidade de vapor de água na estratosfera cresceu a partir da década de
noventa, sendo responsável por cerca de 30% do aquecimento global naquele período.
Em síntese, a água na atmosfera potencializa o efeito do CO2 e
amplia o efeito estufa. Pelo fato das nuvens serem brancas,elas refletem a luz
solar de volta para o espaço, minimizando o aquecimento do globo terrestre.
Nuvens situadas até 2 km de altitude possuem esse efeito,
entretanto, as nuvens posicionadas na alta atmosfera, ou seja, a mais de 6 km,
por serem frias, possuem efeito inverso, ou seja, favorecem o efeito estufa, pois,
retransmitem o calor recebido do Sol para a Terra. Pelo IPCC ( Agência da
ONU que estuda o aquecimento global) as nuvens podem acrescentar de 0,4 a 2,3º C
à temperatura do Planeta.
O aumento do CO2 proveniente da queima de combustíveis
fósseis contribui para o efeito estufa planetário, e em decorrência acarreta o
derretimento de algumas geleiras, que por serem de cor branca refletem os raios
solares e auxiliam na regulação térmica do globo. Com o derretimento, a água do
mar fica mais quente, a taxa de evaporação sobe e o aumento do vapor de água na
atmosfera somado ao efeito do CO2 ampliam o aquecimento global.
Quanto mais quente, maior a evaporação. Na forma gasosa, a água possui uma
capacidade de reter calor quase tão significativa quanto a do CO2
para o efeito estufa. Se há mais vapor de água na atmosfera, mais calor é
retido, os mares ficam mais quentes e o processo de aquecimento é realimentado.
O Sol é outro fator que se relaciona com as mudanças
climáticas. Por apresentar atividades cíclicas com períodos mais e menos
intensos a quantidade de radiação que chega à Terra é variável. Alguns cientistas
da NASA afirmam que o Sol contribuiu para o aquecimento global durante o século
XX com cerca de 0,1 a 0,76ºC. Na primeira década do século XXI a nossa estrela,
provedora de toda a vida orgânica do planeta, esteve numa fase de calmaria,
entretanto, a NASA prevê que a partir de 2013 a radiação solar deve ser
intensificada.
O cientista Lon Cao da Universidade de Stanford descobriu
que as plantas podem piorar o aquecimento global. Ele constatou que a elevação
da taxa de CO2 modifica a fisiologia vegetal,pois além de realizarem
a fotossíntese, as plantas transpiram e com isso retiram calor do próprio
organismo para resfriarem a superfície do Planeta. Porém, quando há excesso de
CO2 as plantas transpiram menos. Os cientistas de Stanford afirmam
que a redução atual na transpiração das plantas da biosfera responde por 16% do
aquecimento global. O excesso de CO2 afeta os estômatos das folhas
comprometendo a refrigeração de si mesma e em decorrência do ambiente.
MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ
COLUNA TERRA SUSTENTÁVEL
http://www.dmdigital.com.br/ .
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