Cuidar da Terra é Investir nas Próximas Gerações


         
         A Terra com suas majestosas montanhas, vastos oceanos, florestas, desertos, campos e sua rica biodiversidade que integra os seus três biociclos da biosfera – Epinociclo, Talassociclo e Limnociclo - é indiscutivelmente uma obra magnífica.Para os Darwinistas, uma obra do acaso evolucionista,mas para os adeptos da Ciência no Primado da Consciência, um gigantesco organismo vivo autoconsciente. Nessa última versão, a magnífica biodiversidade integrada numa complexa, delicada e abrangente teia da vida com seres dotados de genomas específicos com inúmeras combinações gênicas precisas e capazes de expressar singularidades morfológicas e fisiológicas típicas de cada espécie não pode ser o resultado de meras combinações ao acaso que culminaram com o surgimento de uma espécie inteligente, no caso, o Homo sapiens, nossa espécie. Poucos se dão conta de que a gênese da inteligência, por si só ,exigiria um princípio de inteligência  pré existente,pois como poderíamos conceber a “ininteligência” do acaso sendo capaz de gerar a inteligência(?!) Não se trata de um poder autocrático, mas de uma dinâmica que de alguma forma se correlaciona com a consciência.
            Francis Collins,geneticista muito conhecido no mundo atual, após longo período de aprofundamento nas investigações sobre o Código Genético e sua operacionalidade, asseverou: “O Código Genético opera de forma muito complexa. Não pode ser algo produzido pelo acaso”. O Doutor Collins está convencido de que o modo operacional dos genes que atuam na formação das estruturas de cada célula do corpo, no funcionamento delas e também no modo operacional de integrá-las é uma programação oriunda de uma inteligência superior. Para ele o DNA é a escrita de Deus.
O renomado biólogo britânico Rupert Sheldrake, através de um trabalho de longo tempo de monitoramento do comportamento de certas espécies, concluiu que um novo comportamento que é expresso por um representante de uma espécie de símio influencia no comportamento dos outros indivíduos da mesma espécie, mesmo daqueles que estão vivendo em outros habitat, a uma longa distância e sem contato com aquele representante, ou seja, a nova aprendizagem é incorporada em todos os representantes da espécie através do que Sheldrake denominou de “ressonância morfológica”. Seu trabalho causou grande impacto na comunidade científica, pois as implicações decorrentes dos resultados obtidos apontam para a existência de um “princípio não local” atuante sobre a espécie. Algo absolutamente revolucionário que pode representar uma expansão do “Dogma Darwinista” que ainda reina soberano nas esferas ortodoxas do evolucionismo mecanicista  gestacionado no século XIX. Vale lembrar que Sheldrake é um cientista de peso que está tentando expandir o paradigma Darwinista atual para ser capaz de explicar e abarcar uma enorme gama de fenômenos biológicos, que se ocultam aos olhos de intelectos ofuscados por modelos teóricos que aprioristicamente adotam como intocáveis.
Vivemos numa época em que mais do que nunca a necessidade de resignificação da Ciência e da Religião se torna imprescindível para abalizar a busca sincera do homem que quer descobrir a verdade sobre si e sobre o meio que o cerca. Em cada homem existem inúmeros fragmentos que se rotulam alternadamente de serem o seu “eu”. Esses fragmentos, ou essa legião de “eus” produzem ações contraditórias, fomentam inveja, violência, cobiça, conflitos, guerras e divisões de todo tipo. Cada fragmento que se reveste de autoridade sobre os outros fragmentos executa sua atividade egocêntrica e separatista que inevitavelmente degrada a relação com seus semelhantes e com a natureza.
A falta de unidade e de compreensão sobre o significado da existência fez do homem um alucinado predador da biosfera. Sua infeliz inglória atual está comprometendo drasticamente as belezas e a glória de uma obra magnífica - a Terra.

MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHà
COLUNA  TERRA SUSTENTÁVEL 
http://www.dmdigital.com.br/ .

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