QUESTÃO AMBIENTAL - A QUESTÃO CENTRAL NA ATUAL CONJUNTURA HUMANA E PLANETÁRIA

          Crescimento econômico não corresponde necessariamente a desenvolvimento econômico, esse último, pressupõe  melhoria nos indicadores econômicos e sociais e integração com o meio ambiente. O desenvolvimento econômico deve ser engendrado a partir da relação “ser humano-meio ambiente”, portanto, coincidirá com o desenvolvimento sustentável, pois, levará  em conta a satisfação das necessidades básicas da população em geral, a preservação dos recursos naturais visando benefícios para essa e para as próximas gerações e a participação de toda a sociedade na elaboração e implementação de um sistema social que possa efetivamente garantir trabalho, segurança social e um profundo respeito a todas as culturas. Não podemos falar em desenvolvimento econômico se o crescimento econômico não for traduzido em distribuição de renda  e melhoria na qualidade de vida para todos os trabalhadores que colocaram “fermento no bolo”. 
            O Desenvolvimento econômico de um país não pode ser traduzido pelo Produto Interno Bruto (PIB). Na visão dos economistas do desenvolvimento sustentável há um novo indicador que pode expressar com melhor precisão esse desenvolvimento, trata-se do Índice de Progresso Genuíno (IPG), que avalia quanto o crescimento econômico expresso no PIB reflete de fato na qualidade de vida das pessoas. O IPG desconta do valor do PIB os custos decorrentes dos impactos sociais e ambientais envolvidos na geração de riquezas; como poluição, criminalidade e diminuição drástica de recursos naturais.
            O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) criou o Índice de Desenvolvimento Humano ( IDH)  que passou a ser publicado anualmente a partir do início da década de noventa. Atualmente o IDH é calculado pela média de três índices: Índice do Grau de Instrução, Índice de Renda e Índice de Expectativa de Vida.
            Na saúde o PNUD considera uma expectativa de vida menor ou igual a 20 anos a pior possível, ou seja, com valor zero ( 0 ) na escala e a expectativa de vida maior ou igual a 83,2 anos, a melhor, com valor um ( 1 ) na escala. Na Educação o índice é calculado com base na combinação de dois indicadores: O número de anos de escolaridade esperados para uma criança na idade em que ela entra na escola e a média de anos de escolaridade dos adultos. O valor mínimo para os dois índices é zero e o máximo corresponde a 13,2 para a média de escolaridade de adultos e de 20,6 em relação a expectativa de escolaridade para as crianças.
            O Índice de Renda é calculado pela Renda Nacional Bruta (RNB )  anual per capta e o valor é expresso em dólar PPC, o que significa que é corrigido de acordo com o poder de compra da moeda do  País em comparação com o dólar. A RNB de 163 dólares per capta corresponde ao valor mínimo e a RNB  igual ou maior a 108.211 dólares é  o valor máximo , portanto, com índice equivalente a 1.
            No Brasil a expectativa de vida do cidadão, calculada em 2010, foi de 72,9 anos e correspondeu a um índice de 0, 837. Na educação a expectativa de números de anos de escolaridade para as crianças foi de 13,8 anos e a média de escolaridade de adultos foi de 7,2 anos.
            A RNB obtida em 2010 foi de 10.607 dólares per capita, o que correspondeu em reais a aproximadamente R$18,130. Calculado a partir da média geométrica dos índices de saúde, educação e renda o IDH do Brasil em 2010 foi de 0, 699 e ocupou a 73ª posição no ranking mundial.  Noruega foi o país com o melhor IDH do planeta, seu IDH foi de 0, 938.
            Vida digna e justiça social se relacionam com distribuição de renda entre o povo. No Brasil, nos últimos anos, houve avanço nos indicadores de distribuição de renda. Segundo o relatório de desenvolvimento humano de 2010, programas de transferências de renda ajudaram a diminuir a enorme desigualdade social, entretanto, o Brasil ainda é um dos países com pior distribuição de renda do mundo. Em 2009, a população economicamente ativa do país era de 156 milhões de pessoas e 25% de toda a renda nacional estava sob o controle de 10% delas. Por outro lado, cerca de 50 milhões dessas pessoas viviam com menos de meio salário mínimo.
            O ordenamento jurídico da atual constituição federal dispõe sobre o meio ambiente como um direito de todos e bem de uso comum ao povo e essencial à sadia qualidade de vida e impõe ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
            Na Conferência das Partes COP- 17, que ocorrerá em Durban na África do Sul, deverá ser criado um fundo destinado a ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar problemas de impacto ambiental e mudanças climáticas previstas para os próximos anos. Na COP-16, sediada  no México, foi criado o “Fundo do Clima Verde”, com propósito de canalizar até 2010 cerca de 100 bilhões de dólares por ano aos países em desenvolvimento.O dinheiro deva ser aplicado em problemas ambientais relacionados a mudanças climáticas.
            Na contingência humana atual a questão ambiental é a questão central de todas as questões. Nesse momento da humanidade e do Planeta, não faz sentido falarmos em economia, qualidade de vida, bem estar social, melhoria na educação e qualidade de vida, se não compreendermos que a vida se estabelece a partir da relação “Homem – Natureza”; e que, portanto, o mal uso dos bens metaindividuais e os danos ambientais cometidos na penumbra de uma consciência ecológica acarretam rupturas na Teia da Vida e afetam toda a humanidade; podemos desastrosamente ultrapassar a linha de reversibilidade do equilíbrio da Biosfera.







MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHà
COLUNA  TERRA SUSTENTÁVEL
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Plantas Medicinais – O Código Genético Floral possui a escrita bioquímica para as curas das doenças humanas?

ARTEMISIA


          Plantas Medicinais – O Código Genético Floral possui a escrita bioquímica  para as curas das doenças humanas?

           Em conformidade com suas propriedades medicinais,as plantas existentes na biosfera podem ser classificadas em
- Sedativas, quando seus princípios ativos atuam sobre o sistema nervoso colocando-o em padrão harmônico compatível com a calma.
- Anti-sépticas, quando desinfectam.
- Béquicas, se atuam contra a tosse.
 -Depurativas, se purificam o sangue e a linfa.
- Aperientes, se atuam estimulando o apetite.
- Adstringentes, quando provocam a contração de tecidos de revestimento e, portanto, combatem inflamações da boca, garganta, intestinos, órgãos genitais etc.
-Diuréticas, quando estimulam a eliminação de urina.
- Carminativas, se atuam na eliminação de flatulências (gases) do estômago e do intestino.
-Eméticas, se induzem o vômito, quando há necessidade de provocá-lo, devido a processos de intoxicação.
-Emolientes, se atuam amolecendo tecidos endurecidos por abscessos, inflamações, ulcerações, contusões, etc.
 -Expectorantes, quando atuam sobre as vias respiratórias visando a eliminação do muco retido nos brônquios e bronquíolos.
-Estimulantes, se estimulam células e órgãos a gerarem mais energia para as funções vitais do organismo.
-Antipiréticas, se combatem a febre.
-Purgativas, se provocam e aceleram os processos de evacuação.
 -Tônicas, se combatem a debilidade, fraqueza, anemia e fortalecem o organismo como um todo.
-Hemostáticas, se combatem hemorragias.
 -Sudoríficas, se induzem a sudorese.
-Vulnerárias, quando são utilizadas para curar ferimentos.
-Vermífugas, se atuam contra verminoses.
CAMOMILA
            As plantas de caule tenro e não lenhoso são ervas, diferentemente das árvores que são plantas lenhosas dotadas de tronco e ramos na parte superior, em geral com mais de três metros de altura

           Algumas Plantas Medicinais pesquisadas:

-Arruda: Nativa do sul da Europa e adaptável a solo permeável e seco. É rica em rutina e possui um odor intenso. Apresenta propriedades digestivas e é utilizada na indústria de licores.
            Poder natural: Através de adequada manipulação e dosagem, pode ser utilizada no tratamento reumático, como antiinflamatório para os olhos, contra dores intestinais e contra oxiurose
-Artemísia (ou absinto): originária da Eurásia, possui aspecto esbranquiçado, é amarga e de forte aroma. A “Artemísia absinthium” produz um óleo verde e volátil que é o ingrediente básico do Absinto, um licor que pode, em altas doses, provocar convulsões epiléptiformes.
            Poder natural: Através de adequada manipulação e dosagem, pode ser utilizada contra cólicas menstruais, como desinfetante, como auxiliar no tratamento de epilepsia e para ativar a circulação.
-Arnica: Natural das regiões montanhosas da Europa. É bastante usada para combater as várias formas de traumatismos. É indicada nos casos de batidas, contusões, esmagamento, dores musculares, reumatismos, gota, etc. Facilita a reabsorção de líquido proporcionando rápido alívio das dores que se relacionam com essas alterações.
            Poder natural: Pode ser utilizada nas contusões, nos casos de traumatismo e para aliviar dores reumáticas.
-Anis: No Brasil pode ser confundido com o Funcho e o Aneto. Possui um óleo rico em Anetol. Esse óleo é tóxico em doses elevadas, mas em doses menores é inofensivo, sendo muito utilizado na produção de balas, doces e algumas bebidas.  A semente é utilizada em medicina natural. Estimula o trabalho gastrointestinal, combate diarréias, alivia cólicas intestinais e atua também como antiinflamatório.
            Poder natural: Suas propriedades servem para eliminar gases intestinais, estimular a digestão e combater o mau hálito.
-Alfazema: Planta arbustiva, largamente cultivada para a fabricação de perfumes, sabonetes e outros produtos cosméticos. Atua como antiespasmódico, anti-séptico urogenital, cicatrizante, diurético e vermífugo.
            O chá de Alfazema na Idade Média era denominado “lavanda” e era servido em travessas após as refeições.
            Poder natural: Pode ser utilizada contra leucorréia, no tratamento de bronquite e asma e no fortalecimento dos cabelos.
-Girassol: Suas flores se voltam para a direção da luz solar e vão girando sobre o pedúnculo ao longo do dia. Daí o nome “Girassol”.
             A parte mais utilizada da planta é a semente. Essa possui óleos insaturados, proteínas e carboidratos. O óleo de Girassol é amplamente utilizado na culinária, devido a seu valor nutritivo.
            Poder natural: É utilizado no alívio de dores de enxaquecas, como antigripal, como cicatrizante e para combater a febre.
            Todas as plantas medicinais que são benéficas e curativas podem também fazer mal à saúde. Para que haja bons resultados é necessário conhecê-las, prepará-las adequadamente e ministrá-las em doses corretas.
            O Patrimônio Genético existente na Flora da Biosfera possui genes que executam a síntese de produtos bioquímicos diversificados e complexos que devidamente compreendidos pela consciência, podem representar a prevenção e a cura de muitas doenças humanas. Todas as receitas estão gravadas no DNA das células de cada espécie, portanto, é imprescindível preservá-las, de preferência em  ecossistemas naturais. 

GIRASSOL

MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHà
COLUNA  TERRA SUSTENTÁVEL
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A resposta que calou o mundo. A internacionalização da Amazônia.


ESSA CALOU OS AMERICANOS.!!!
SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS

Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. 

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr. Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!

Vida Sustentável – Uma mutação existencial.





        No passado, temas relacionados com a sustentabilidade estampavam na mídia apenas como manobra de marketing. Quando um produto agregava um certificado ou um selo que demonstrava cuidados com o meio ambiente, seu valor crescia junto aos consumidores conscientes da questão ambiental. Modernamente, os caminhos do desenvolvimento sustentável se alargam e a Ecologia aplicada pode ser verdadeiramente um bom negócio.
            O Brasil é o país que mais recicla latas de alumínio no mundo, o equivalente a 15 bilhões de unidades por ano, com um rendimento de mais de 380 milhões de reais. Lidera também a reciclagem de garrafas PET. São mais de 250 mil toneladas por ano com um rendimento próximo a 300 milhões de reais. Além do enorme benefício ao meio ambiente, pois todo esse material seria sucata de difícil degradação por bactérias e fungos que atuam na reciclagem de matéria, as latas de alumínio e garrafas PET recicladas representam uma desaceleração na exploração de recursos naturais – que não são ilimitados – e uma diminuição da poluição por material plástico. Além disso, a reciclagem agrega valores humanos, tanto em relação à oferta de trabalho quanto na exemplificação palpável de educação ambiental
            Os talões de cheques feitos com papel reciclado, a substituição de sacos plásticos por sacolas retornáveis ocorrendo em muitos supermercados e a valorização da extração e comercialização de madeira proveniente de manejo sustentável das florestas, evidenciam que as questões relacionadas ao impacto ambiental decorrente de atividade antrópicas são uma preocupação presente em todos os segmentos da sociedade, ainda que a consciência ecológica seja um alvo, que por enquanto, não foi alcançado pela maioria dos homens.
            Uma companhia que investe em tecnologias limpas e comprova uma diminuição significativa na emissão de gases de efeito estufa através de um certificado de crédito de carbono, pode negociar os créditos com outras empresas que necessitam reduzir suas emissões, por apresentarem débito ambiental. No mercado financeiro esses créditos de carbono possuem um valor monetário real. Na Organização das Nações Unidas, a Iniciativa pelos Princípios para o Investimento responsável (PRI), constitui uma rede de investidores comprometidos a colocar em prática alguns princípios que se relacionam à responsabilidade social, ambiental e corporativa. As duzentas maiores corporações do mundo fazem parte do conselho mundial de negócios pelo desenvolvimento sustentável. Entre elas está a Petrobrás.
            Empresas estatais ou privadas possuem filosofias de trabalho e padrões de relacionamentos que decorrem do nível de consciência de seus gestores e de seus membros em geral. A transição de uma mentalidade focada em uma economia de exploração para uma mentalidade focada em economia sustentável pressupõe uma radical mudança de referenciais de valores por parte dos indivíduos. Faz-se necessário que ocorra uma mutação na consciência de cada indivíduo, uma espécie de “metanóia” em relação aos condicionamentos estratificação na memória. Desfocar-se do “eu” produzido pelo meio social e se perceber pensando, falando e agindo em conformidade com identificações estabelecidas na penumbra da consciência.
            A propagação de idéias de sustentabilidade, de suas viabilidades e até de vantagens pragmáticas, é necessária, entretanto, a mente do homem possui uma forte tendência de  “ver” e “ouvir” apenas aquilo que vai de encontro aos seus próprios anseios e interesses pessoais.
            Sustentabilidade se alinha com solidariedade, com distribuição de riquezas, com um novo direcionamento social e existencial. Não pode ser concebida como um novo segmento que deva se adequar a um contexto caracterizado pela mentalidade fragmentada que divide os homens e os afasta da natureza.
           Em decorrência dos imensos danos que a humanidade já causou na biosfera, a recuperação, preservação e  proteção dos ecossistemas naturais devem ser prioridades máximas nas pautas e ações governamentais das Nações dos quatro quadrantes da Terra.


O Brasil é um grande campeão na reciclagem de latas de alumínio.Essa atividade ,além de beneficiar o meio ambiente,retirando-lhe as sucatas,é altamente rentável e oferece oportunidade de trabalho a muito indivíduos.


 Essa máquina é utilizada para reciclar garrafas PET.O material plástico é reutilizado ,não degradando o meio ambiente com lixo que levaria séculos para ser biodegradado.Gera trabalho e renda anual de milhões de reais


 Em decorrência de atividades antrópicas,sobretudo do setor industrial,a enorme quantidade de emissão de gases de efeito estufa, provavelmente está contribuindo para o aquecimento do planeta.Urge uma mudança profunda no modo do ser humano se relacionar com  a biosfera e nos referenciais  que ele adota como indicativo de qualidade de vida.





MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHà
COLUNA  TERRA SUSTENTÁVEL
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ECONOMIA VERDE – O caminho para o Brasil não gerar débito ambiental para a humanidade.


       Ocorrerá em junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, a Rio + 20 – Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável. Na ocasião estarão reunidos representantes de mais de 190 países para não apenas debaterem as questões ambientais que dizem respeito a todos os seres humanos – cidadãos do mundo – que habitam a Terra, mas, sobretudo para estabelecerem as diretrizes de uma Economia Verde direcionada ao crescimento econômico e distribuição de riquezas para o povo, aliados à sustentabilidade.
            A economia verde considera que desenvolvimento real é o desenvolvimento que se processa mediante a redução no uso de recursos naturais e a preservação dos ecossistemas, visando o bem estar dessa e das futuras gerações da humanidade.
            Hoje, a humanidade vive com padrões de consumo bem acima do que a capacidade do planeta Terra é capaz de suportar, ou seja, acima de sua bio- capacitação. A “biocapacitação” é um indicador que dimensiona as áreas de terras e o volume de água capazes de fornecer recursos biológicos úteis e de absorverem os resíduos que resultam das atividades antrópicas. Estima-se que a biocapacitação da Terra seja de 13,4 bilhões de hectares globais.
            A população humana atual está consumindo recursos naturais que equivalem a uma Terra e mais um terço dela. Significado: estamos explorando solos, rios e mares numa velocidade que o Planeta não é capaz de promover sua recomposição. A exploração desmedida está em descompasso com a biocapacitação da Terra. Em termos práticos, nesse modelo, com o decorrer do tempo, teremos que contar, com cada vez menos água potável, menos terras produtivas e maior agravamento de problemas ambientais.
            Um índice que mede a pressão das atividades antrópicas sobre os ecossistemas é a chamada “pegada ecológica”. A pegada ecológica mede as áreas de terras e volume de água que um indivíduo, uma nação ou a humanidade necessita para produzir tudo aquilo que consome e descartar no ambiente todo lixo que é gerado.  A pegada ecológica de um país depende do seu número de habitantes e do seu grau de consumo. É influenciada também pela maior ou menor eficiência no uso de recursos naturais. A pegada ecológica da humanidade é de 2,7 hectares globais per capita, o que significa que para manter o padrão de vida atual, os quase sete bilhões de seres humanos que vivem na Terra necessitariam de pouco mais de 18 bilhões de hectares, o que equivale a uma Terra e mais um terço dela.
            O slogan “quanto mais, melhor” é absolutamente incompatível com uma economia de baixo carbono. Atualmente mais de trinta trilhões de dólares são gastos na aquisição de bens e em serviços que orbitam as indústrias e o comércio. Esse montante é seis vezes mais do que os cinco trilhões que eram gastos no início da década de sessenta. O aumento de consumo pode expressar um desenvolvimento tecnológico e a criação de riquezas, entretanto, as pessoas com acesso a novos, e a mais produtos, promovem a retroalimentação do ciclo produção–consumo-produção, inerente ao capitalismo. Se a população mundial apenas dobrou nos últimos cinqüenta anos e o consumo passou a ser seis vezes maior, o consumismo “per capita” da humanidade atual está três vezes maior em relação à década de sessenta.
            Uma cultura de consumo passou a ser uma cultura de consumismo – consumo exagerado. A cada ano que passa a humanidade está consumindo algo em torno de 60 toneladas de recursos naturais. Isso implica em mais lixo no meio ambiente, mais poluição da atmosfera, da litosfera e da hidrosfera. É claro, que nesse ritmo de exploração, a natureza não consegue- através dos ciclos biogeoquímicos- recompor em tempo hábil os seus ecossistemas. Essa cultura consumista deve ser abdicada em favor de uma nova cultura que não dissocia desenvolvimento econômico de sustentabilidade.
            Os ambientalistas e ecólogos há várias décadas, defendem os biomas, a diminuição do consumo de energia, o destino adequado do lixo e a preservação dos mananciais de água, todavia, seus esforços não ressoavam na economia. Atualmente a visão ecológica possui tentáculos inseridos na economia global, influenciando governos e empresas a reconsiderarem seus modelos de desenvolvimento. A questão ambiental vai progressivamente assumindo o cerne dos interesses da sociedade. Nesse contexto, o desenvolvimento só é desenvolvimento se for sustentável. Se conjugar o bem estar do cidadão e a preservação dos recursos naturais através de uma economia verde e uma governança da sustentabilidade.
            Quando a pegada ecológica de um país se encontra muito acima da biocapacitação do país é sinal de que o país possui um alto padrão de consumo à custa de um débito ambiental para o resto da humanidade. Os Estados Unidos e a China, por exemplo, se enquadram nessa condição. O Brasil apresenta uma pegada ecológica estável desde a década de sessenta, entretanto, sua biocapacitação- em função de desmatamentos ostensivos e da expansão agrícola desordenada – está diminuindo drasticamente. Como a biocapacitação ainda supera a pegada ecológica, o Brasil ainda não apresenta ônus ambiental, entretanto, a diminuição de sua biocapacitação, juntamente com a perspectiva de aprovação do novo Código Florestal apontam nessa direção.  
            A “Rio + 20” poderá ter desdobramentos favoráveis para a efetivação de uma Economia Verde, compatível com os anseios da nação e do mundo.. Se o governo, as empresas e a sociedade como um todo tomarem por referência o Índice de Progresso Genuíno (IPG),o Brasil não deverá se tornar uma nação geradora de ônus ambiental para a humanidade.
          A Frente Parlamentar Ambientalista participará de alguns encontros que lhe possibilitará tirar algumas pautas relevantes para a Rio + 20. Na agenda estão previstos os seguintes temas: RECURSOS HÍDRICOS: – em Cuiabá no dia 21/10/2011. MEIO AMBIENTE URBANO: em São Paulo  no dia 21/11/2011. ENERGIA: em Recife no dia 16/12/2011. SEGURANÇA ALIMENTAR: em Porto Alegre dia 16/01/2012.
            O encontro do segmento parlamentar da Rio + 20 com a presença de parlamentares de todo o mundo será na cidade do Rio de Janeiro de 25 a 27 de maio de 2012.
           Os economistas do desenvolvimento sustentável propuseram um novo indicador de desenvolvimento econômico de um país. É o Índice de Progresso Genuíno ( IPG ) Ele avalia quanto o crescimento econômico retratado pelo PIB reflete na qualidade de vida. O IPG desconta do valor do PIB os custos sociais e ambientais para gerar as riquezas, tais como, esgotamento dos recursos naturais, poluição e criminalidade. Em termos práticos podemos comparar o PIB com o faturamento total de uma empresa e o IPG com o lucro após os descontos da produção.


MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHà
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Planeta Sustentável – Uma prioridade máxima,pois já podemos estar comendo plástico nos alimentos que consumimos.



         
 Golfinho com uma sacola plástica presa à sua nadadeira.

            O lançamento de esgoto e detritos de todo tipo em mares, rios e lagos acarreta proliferação de microorganismos aeróbios – que utilizam gás oxigênio em suas atividades metabólicas  e conseqüentemente, provocam a redução de oxigênio disponível para peixes, crustáceos, moluscos e outras formas de vida aquática que necessitam desse gás para produzirem energia em suas células e sobreviverem.
            A estimativa do consumo de gás oxigênio, utilizado pelos microorganismos que atuam na decomposição de matéria orgânica, conhecida como Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), fornece pistas para se avaliar a concentração de poluentes orgânicos presentes na água. Uma amostra da água poluída a ser analisada é colocada em um frasco com elevado teor de gás oxigênio e mantida fechada por algumas horas. Parte do oxigênio é consumido pelas bactérias e o restante, após ser dosado, revela a concentração de matéria orgânica na água. Quanto menor a quantidade de oxigênio residual na amostra, mais ela estará poluída. Atualmente, grande parte dos rios e lagos que estão em certa proximidade de aglomerações humanas, apresentam alta DBO, e,  portanto, um baixo teor de  oxigênio difuso em suas águas, atestando que estão caminhando para a morte.
            A poluição decorrente do lançamento de esgoto, detergentes e lixo orgânico provoca o fenômeno conhecido como “Eutrofização  Artificial”. Nota-se que além da diminuição de oxigênio na água, ocorre um significativo aumento de nutrientes minerais, sobretudo fosfatos e nitratos. Esses nutrientes em alta porcentagem favorecem a reprodução exagerada de algas e de cianobactérias, e  dão à água uma coloração verde escura dificultando a passagem da luz e comprometendo a atividade fotossintética. É através da fotossíntese que ocorre a produção de matéria orgânica que passará dos produtores-  algas e Cianobactérias- para os diversos níveis de consumidores que compõem a teia alimentar do ecossistema aquático. Além disso, a reposição de gás oxigênio consumido pelos diversos seres aeróbios é feita também através da fotossíntese, portanto, a turvidez da água, ao reduzir drasticamente o padrão fotossintético, determinará a morte das próprias algas e cianobactérias. O oxigênio se esgota completamente com a ação de bactérias decompositoras, que atuam na degradação da matéria orgânica, com isso, os consumidores (peixes, moluscos, crustáceos, etc.), que são aeróbios, acabam morrendo também Nesse ambiente poluído restarão apenas bactérias anaeróbias que possuem atividade metabólica com produção e liberação de diversas substâncias fétidas. Esse tipo de fenômeno ocorreu na lagoa Rodrigo de Freitas no Rio de Janeiro, no lago Paranoá em Brasília, no rio Tietê em São Paulo e no rio Meia Ponte, na bela capital goiana. É possível recuperar esses ecossistemas aquáticos – todos eles - se houver união de propósitos e esforços entre homens de ciência, representantes do poder público e a sociedade como um todo..
            Os dois primeiros devem pautar os caminhos de realização sugeridos pelo terceiro, jamais podem perder de vista que foram legitimados pelo povo a trabalhar para o povo. Afinal, a quem os conhecimentos, a Ciência e a Tecnologia e a política devem servir? Aos grupos que se valem de brechas na lei e manipulam com os bens metaindividuais visando lucros exorbitantes para uns poucos indivíduos? Os funcionários que trabalham nos três poderes constituídos são funcionários do povo, portanto, devem todos os dias se lembrar de entronizarem a reta intenção e ação em seus ofícios
            Com base em levantamentos da entidade ambientalista “Greenpeace,” a concentração de material plástico nos mares já atingiu níveis muito elevados. A poluição por plástico está generalizada nas águas de todos os oceanos do Planeta, sobretudo nas zonas de convergência de correntes marítimas. Segundo o programa ambientalista das Nações Unidas, a cada 2,5 kilômetros quadrados de superfície dos oceanos existem cerca de 45.000 (quarenta e cinco mil ) fragmentos de plásticos, o que representa 70%  da poluição marinha por resíduos sólidos. Enorme quantidade de mamíferos marinhos – baleias e golfinhos – e pássaros engolem plásticos supondo que são alimentos. Quase mil quilogramas de plásticos – polímeros sintéticos não digeríveis – já foram encontrados no estômago de uma baleia morta.
            Na primeira década do terceiro milênio, a média anual de produção de objetos plásticos ultrapassou duzentos milhões de toneladas. Em nosso dia a dia, podemos constatar a negligência ostensiva de todos nós em relação ao problema que é bastante grave, pois, o aumento progressivo de lixo plástico no meio ambiente não para e todo gigantesco volume desse material é bastante difícil de ser decomposto por bactérias. Pode levar quinhentos anos ou mais para ser degradado, pois os plásticos passaram a ser utilizados pela  civilização humana  há um século e meio, portanto, seu grau de biodegradação ainda não é conhecido com exatidão. Infelizmente, alguns estudos recentes sugerem que uma certa porcentagem deles já deve estar sendo decomposta e integrada ao ciclo da matéria na Biosfera, e, isso implica ,que alguns alimentos que fazemos uso atualmente já podem conter micropartículas de plástico em sua composição.
 Monocultura de cana de açúcar.
 A monocultura é um dos fatores da
degradação de ecossistemas.
Rio correndo em região de  não
degradação pela espécie humana.
            Notícias sobre danos ambientais estampam as manchetes de jornais e revistas e são temas de documentários na televisão, cinema e Internet diariamente no mundo. No circuito acadêmico ecólogos, químicos, bioquímicos físicos e outros pesquisadores apresentam estudos e modelos para o desenvolvimento sustentável, que, no entanto, não estão sendo acatados e conscientizados com a seriedade que a questão exige.  A questão ambiental se posiciona inegavelmente, como uma das questões de prioridade máxima em nosso tempo, entretanto, a compreensão apenas intelectual e a falta de um sentimento profundo e comprometimento visceral em relação ao problema, por parte de toda a sociedade, sobretudo dos representantes do povo – que deliberam políticas públicas direcionadas pelas prioridades  -  não trarão a eficácia necessária ao estabelecimento do equilíbrio entre o uso dos recursos oferecidos  pela Mãe Terra sem agredi-la com ações de caráter exploratório que transcendam a finalidade de garantir a sobrevivência da espécie humana.

MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHà
COLUNA TERRA SUSTENTÁVEL
http://www.dmdigital.com.br/ .




NASA DESCOBRE VIDA EXTRARERRESTRE OU BIOSFERA OCULTA

Lago Mono é um meio inóspito porque possui altíssima salinidade, pH elevado e alta concentração de Arsênio.
        (Descoberta da bactéria GFJA-1, que utiliza o elemento químico arsênio no lugar do fósforo. Segundo Douglas Galante, coordenador do laboratório de Astrobiologia do Hemisfério Sul, é só a "pontinha do iceberg"da quantidade de organismos que ainda não conhecemos e que são diferentes de tudo já conhecido)

        A notícia sobre a descoberta de uma báctéria capaz de sobreviver em um meio  contendo elevadas quantidades do elemento químico arsênio, altamente tóxico para o ser humano, deixou perplexa a população  mundial, especialmente a parcela que representa a comunidade científica. Não tanto pela sobrevivência da bactéria em um meio considerado extremista, como é o caso do Lago Mono na California, que apresenta salinidade três vezes superior a média de salinidade dos oceanos, um Ph elevadíssimo e uma concentração muito alta de arsênio, mas, principalmente pelo fato da astrobióloga Felisa Wolfe – Simon  afirmar que a análise das amostras dão fortes indícios de que o DNA da bactéria do grupo das halomonadaceae batizada como GFJA-I possui em sua estrutura o elemento químico arsênio(As), no lugar do fósforo.
            É importante lembrar, que até então, a Ciência admitia que todos os seres vivos conhecidos na biosfera do nosso Planeta deveriam ser constituídos em sua base primordial por Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio, Fósforo e Enxofre(C,H,O, N, P, S). Esses seis elementos seriam os elementos imprescindíveis para a construção de biomoléculas essenciais a sobrevivência de qualquer organismo.
            A partir da descoberta da bactéria GFJA-I,  a equipe de pesquisadores de astrobiologia da NASA assim se pronunciou: “Trata-se de uma descoberta com consequências para a pesquisa de provas da existência de vida extraterrestre”. Se como  afirma Felisa e sua equipe financiada pela NASA, a bactéria possui DNA com arsênio no lugar do fósforo e se reproduz em meio rico nesse elemento químico, as implicações dessa concepção científica sobre as restritas condições exigidas para a existência de vida terão que ser reavaliadas. O que se tinha como parâmetro para a existência dos seres vivos será suficiente para a busca de pista e possíveis identificações de novas formas de vida, seja na chamada “Biosfera Oculta” da Terra ,seja em outros planetas do cosmo.
            Para a astrobióloga Pâmela G. Conrad, a bactéria descoberta no Lago Mono pode ser uma espécie de vida primitiva. Ela acredita que as primeiras bimoléculas de DNA e outras moléculas básicas podem ter surgido num passado muito remoto a partir de incontáveis experimentações com diversos tipos de elementos químico nas suas formações.       
            Pâmela pensa que a bactéria GFAJ-l seja terrestre, pois na sua visão, ainda sabemos muito pouco sobre o nosso Planeta, contudo     ela não descarta uma possível origem extraterreste para a bactéria. Muitos cientistas do mundo inteiro diz ela, especulam sobre as possibilidades de metabolismos e estratégias de vida alternativas ainda não observadas. E finaliza: “Prevejo que ainda observaremos muitas coisas incomuns com relação à vida”.
          O coordenador do laboratório de astrobiologia do hemisfério sul-Douglas Galante,comenta que a descrição dessa bactéria é de de uma E.T vivendo entre nós,porque possui um metabolismo diferente de todos os organismos que conhecemos.Para ele, essa descoberta é só a pontinha do iceberg da quantidade de organismos que ainda não conhecemos e que são diferentes de tudo já conhecido.
CRÍTICA À PESQUISA DA EQUIPE DA NASA
            Alguns cientistas se mostraram céticos em relação a notícia divulgada pela NASA, após avaliarem detalhadamente o artigo publicado na revista Sciencie sobre a pesquisa da equipe liderada por Felisa. Eles colocam em dúvida se a bactéria GFAJ-l incorporou realmente arsênio em seu DNA. A alegação principal foi de que é improvável que o fósforo seja subtituído por arsênio, pois os compostos formados com arsênio se “quebram” facilmente na presença de água. Além disso, argumentam que as amostras podem ter sido contaminadas com arsênio levando a falsos resultados.
            Felisa e a equipe de pesquisadores financiados pela NASA se defenderam afirmando que seguiram rigorosamente os protocolos padrões de extração de DNA,“lavando” as células antes da análise, com o intuito de eliminar o arsênio livre, com isso o arsênio identificado nas amostras será do DNA  e de algumas outras biomoléculas. Em face a todos os questionamentos, disse ela: “Esperamos trabalhar com outros cientistas diretamente ou disponibilizando células e fornecendo amostras de DNA para especialistas fazerem suas próprias análises afim de compreenderem melhor a descoberta.
            Polêmicas continuam fervilhando no meio acadêmico, mas, uma coisa é certa, nenhum dos detratores da equipe da NASA negou a possibilidade de que a bactéria GFJA-l, tal como foi relatada, seja possível.
            Vale lembrar que o professor e  cientista Roger Summons, do Instituto Tecnológico de Massachussets (MIT) foi coautor de um trabalho publicado na revista Sciencie em 2007 sobre vida extraterreste, sustentada na pesquisa biológica com base no elemento químico arsênio.

Pesquisadores dedicados utilizam o laboratório de astrobiologia para tentarem descobrir novas formas de vida.
BACTÉRIA – BASE PARA A VIDA DA BIOSFERA

            As bactérias são organismos unicelularares procariotos, ou seja, possuem seu DNA (genoma), imerso em uma massa gelatinosa(coloidal), denominada citosol. Possuem ribossomos que são organóides capazes de sintetizar proteínas, mas, não são dotadas de mitocôndrias que são organóides especializados na produção de moléculas energéticas conhecidas como ATP.(Adenosina Trifosfato), Tanto nos organismos unicelulares quanto nos pluricelulares, incluindo o homem, é o ATP que fornece a energia necessária para as diversas atividades metabólicas do corpo. Nas bactérias, o ATP é sintetizado a partir de enzimas localizadas na membrana plasmática. Sem bactérias não seria possível existir vida(como hoje a conhecemos) no nosso Planeta. Elas respondem por grande parte dos processos de decomposição de matéria orgânica (reciclagem da matéria), atuam em simbiose com outros organismos beneficiando-os. Algumas delas fertilizam o solo, outras realizam fotossíntese produzindo matéria orgânica e gás oxigênio para outros seres vivos. Certas bactérias como as cianobactérias presentes no plâncton dos oceanos, retiram o gás Nitrogênio do ar e o disponibilizam para a teia alimentar do oceano, processo sem o qual ,toda a vida existente nos mares seria eliminada e devido ao consequente desequilíbrio ecológico, em todos os biomas terrestres.
            No corpo humano estima-se que exista um número de bactérias dez vezes maior em relação ao número de células. O corpo de um homem adulto é constituído por cerca de cem trilhões de células, portanto, nele habitam algo em torno de um quaquilhão de bactérias.
            A bactéria está na base da vida existente em nosso planeta. Dezenas de milhões de tipos de bactérias estão atuando nos processos de “construção”e de “destruição” em toda a extensão da biosfera.
            Não sabemos ainda o significado da descoberta da bactéria GFAJ-I, mas ela abre novas perspectivas de compreensão acerca das condições bioquímicas necessárias ao surgimento da vida e amplia os horizontes para a inteligência humana sondar. Provoca a mente investigadora ,instigando-a a romper os limites estabelecidos pela convicção de uma ciência supostamente infalível.
            A reação de parte da comunidade científica, ao colocar em dúvida , o valor do trabalho da equipe de astrobiologia da NASA ,exigindo provas mais contundentes, é compreensível . Muitos anos se passaram até que a maior parte da comunidade científica admitisse de forma inquestionável a supremacia da teoria da relatividade de Einstein sobre a visão da mecânica clássica de  Newton.
            Na imensidão do Cosmo, o planeta Terra teria sido o único planeta  privilegiado  com um sistema bioquímico capacitado a  expressar a vida? Tal concepção,não seria própria de uma mentalidade,no fundo, geocêntrica?

Bactéria GFJA-1 encontrada na Califórnia pode pertencer à chamada "biosfera oculta" ou ser de origem extraterrestre.


MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHà
COLUNA TERRA SUSTENTÁVEL
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