A concepção que aponta a atividade antrópica como causa principal do aquecimento global sustenta-se no argumento de que a queima de combustíveis fósseis está influenciando sensivelmente nas mudanças climáticas do planeta. O aumento das emissões de CO2 decorrentes da transferência de carbono armazenado nos reservatórios intraterrestres para a atmosfera estaria aquecendo o planeta.
No consenso mais geral o CO2 é o grande vilão, o principal responsável pelo aquecimento global, entretanto, alguns especialistas em climatologia não corroboram com esse posicionamento. Para eles os principais fatores que regulam a temperatura da Terra são a atividade solar e a temperatura dos oceanos.O CO2, ao contrário, é o gás da vida pois é a principal molécula sequestrada por algas e plantas,sendo utilizada na produção de alimentos para os animais e o homem.
Segundo o meteorologista e professor da Universidade Federal de Alagoas Luis Carlos Molion, pesquisador com 40 anos de estudos sobre o clima planetário, a atividade antrópica voltada à emissão de CO2 não exerce influencia relevante na temperatura planetária. Ele argumenta que no passado já houve médias térmicas mais elevadas do que as de hoje e naquela época as emissões eram inferiores a 10% das atuais.
O pesquisador chama atenção para o fato de que após a segunda guerra mundial houve grande expansão industrial acarretando, portanto, um grande aumento de consumo de combustíveis fosseis e consequentemente de emissão de CO2. No entanto, no período pós guerra de 1946 a 1976 os dados climatológicos registraram um resfriamento global. Depois de 1977 houve um aquecimento que se entendeu até 1998 e de lá para cá, segundo sua avaliação está ocorrendo um novo resfriamento que deve se estender por aproximadamente mais 20 anos.
Na visão de Molion a temperatura do planeta não é controlada por parâmetros humanos, está prioritariamente sob o controle da atividade solar e secundariamente sob a influencia da temperatura dos oceanos. Como o sol apresenta períodos de maiores e de menores atividades, isso acarreta oscilações com períodos mais quentes e mais frios na Terra.
Quando questionado sobre sua posição contraria à da maioria dos ambientalistas, o climatologista diz que o tema “aquecimento global” virou discurso de políticos que querem propagar a idéia de que os países emergentes devem desacelerar seus crescimentos por conta do risco de catástrofes globais,uma espécie de manipulação neocolonial. Para crescer é necessário um aumento da matriz energética e isso geralmente implica em aumento de emissões, como é o caso do aumento de criações de termoelétricas na China que bancam um crescimento de mais de 10% ao ano.
O cientista acredita que o planeta esta resfriando e que as temperaturas globais devem diminuir nos próximos 20 anos por conta do período de baixa atividade solar. Ele afirma que os invernos estão e estarão mais rigorosos e que os indicadores apontam diminuição de temperatura na Antártica.Em relação ao desgelo no Ártico ressalta que de 1938 a 1942 ele derreteu muito mais gelo do que agora. As águas dos oceanos nas regiões tropicais tiveram suas temperaturas elevadas em decorrência de um ciclo em que a lua orbita em movimento precessual em torno da Terra (análogo ao movimento de um peão), com isso as correntes oceânicas que deslocam para a região ártica conduzem calor que provoca desgelo em baixo.
Recentemente o Climatologista e Professor da USP Ricardo Augusto Felício ao ser entrevistado no Programa do Jô afirmou que o “Aquecimento Global” é uma mentira.Seu posicionamento coincide em parte com as idéias do pioneiro Molion.
Em 2009 a pergunta: “Você considera que a atividade humana é um fator que contribui significativamente para mudar as temperaturas médias globais?” foi feita para 3.146 cientistas dos quais mais de 90% eram PhD e 7% tinham mestrado, 82% respondeu “sim”. Entre os cientistas que não eram climatologistas 77% respondeu “sim” e entre os que eram climatologistas 97,5% respondeu”sim”.
Em 1988 o climatologista da NASA James Hansen depôs no senado dos EUA e disse: “O Aquecimento Global será catastrófico para a humanidade”.
Em 2007 o relatório do IPCC (International Panel on Climate Change) continha a incisiva afirmação decorrente das análises dos climatologistas: “ O Aquecimento Global é inequívoco Se a taxa de CO2 dobrar haverá um aumento de 3ºC na temperatura média do planeta.
Em 1995 o Professor Paul Crutzen vencedor do Prêmio Nobel de Química disse: “A influência da humanidade no planeta Terra nos últimos séculos tornou-se tão significativa a ponto de constituir-se numa nova era geológica”
Quem está com a razão, a ala do “frio” ou a ala do “quente”? Ou ambos em parte?Ou talvez,nem “água” nem “lua”?