Diante
de mudanças climáticas galopantes e com a crise ambiental, como ficará a sustentabilidade
da vida humana? É certo que a Terra, como planeta vivo, encontrará sua maneira
de se adaptar às novas condições estabelecidas pelas mudanças climáticas.
Junto
com a crise ambiental, que coloca a vida humana em risco, está também uma crise
moral que questiona o próprio sentido da vida humana. É preciso revisar a raiz
da árvore da vida que gerou a nossa civilização. Conhecer as causas da crise de
valores que fez surgir a crise ecológica que está continuamente a pressionar e
minar a epistemologia que alicerça a concepção dos nossos modos de vida.
A
crise ambiental é também a crise ontológica que nos convida a questionar o
nosso ensino-aprendizagem. A questão não se limita a informações sobre as
questões ambientais, como o aquecimento global, a poluição, a perda da biodiversidade
e outras, mas de descobrir suas causas profundas. Diante das incógnitas que se
avizinham é necessário desconstruir o pensamento culturalmente e socialmente
condicionado para que a mente possa pensar o impensado. Com os pensamentos impensados,
talvez possamos desconstruir toda a parafernália de teorias e práticas
exaustivamente repetitivas e deletérias no mundo.
Só a
utopia de um futuro sustentável não projetado por mentes cheias de entulhos de
conhecimentos que lhe foram amontoados durante séculos e séculos poderá ser o combustível
para nos levar ao verdadeiramente novo.
As Escolas
e Universidades não podem e não devem mais serem aparelhos ideológicos do estado
para reproduzirem uma realidade coisificada, devem ser os centros de produção
de sonhos utópicos,para nos auxiliar na libertação das jaulas das
racionalidades de uma ciência árida e orgulhosa de sua arrogância científica.
A
escola deve ser o lugar de produção de
uma vida rica em sentidos e significados onde sempre seja possível o sonho de
novos enigmas a decifrar.
MAURÍCIO TOVAR
MATÉRIA DO JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ
COLUNA TERRA SUSTENTÁVEL
http://www.dmdigital.com.br/
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